It's me!

36. Recifense morando em Caruaru.
Canceriana com ascendente em sagitário.
Psicóloga no RH. Felinista. Viciada em café.

Luciana

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O amor é uma conversa no sofá


But don't look back in anger
I heard you say




Escrevo do escuro do meu quarto enquanto uma enxurrada de pensamentos ansiosos invade a minha mente. Tenho pensado bastante ultimamente, mas como você diria (enquanto me olharia inquieta pela casa e caçando qualquer coisa para fazer que me ajudasse a fugir do ciclo da ansiedade), eu sempre penso demais. E dito isso, cá estou, dedilhando o teclado no escuro e ouvindo Oasis ecoar junto com o latido do cachorro do vizinho. Apenas detalhes fúteis, eu sei. Tenho dificuldade de colocar as emoções pra fora quando me sinto assim.

Esses dias falei para um ex-namorado que eu esperava que ele não tivesse sido o amor da minha vida, visto que terminamos tendo sido 'apenas' namorados. E lembrei de um pensamento que me veio recentemente: será que a ideia de termos apenas um grande amor na vida faz sentido? Ou temos a capacidade de termos vários grandes amores ao longo da vida? Será que o amor da vida realmente existe ou foi algo inventado? Existem respostas, eu sei, e acho até algo meio idiota de se pensar, visto que existem várias camadas de análise que podem responder a essas perguntas. Anyway, sigamos.

Desdobrando o pensamento, reflito sobre meus relacionamentos amorosos. Somando os três relacionamentos que tive, foram pouco mais de 13 anos de dedicação e ao iniciar cada um deles, obviamente não esperei que fossem acabar. Quem espera, né? Mas acabaram, duraram o tempo que deveriam ter durado e fim. Fim. E hoje enxergo que nenhum deles foi O Amor da minha vida, assim com letras maiúsculas. Foram amores, foram intensos como foram, arrancaram suspiros e clichês românticos, mas passaram.

Agora, no auge dos meus 36 anos, com mais maturidade, uma vida diferente, um coração endurecido e vivendo em uma sociedade cansada, me pergunto o que haverá pela frente. Tenho amigos solteiros há anos, conteúdos que dizem que está cada dia mais difícil se relacionar por motivos diversos, que mulheres não querem mais se relacionar com homens e os homens estão cada vez mais na defensiva (alguns). Ainda há lugar para o romance e pessoas dispostas a vivenciar isso como se fazia não tão antigamente?

Haverá alguém por aí disposto a ser emocionado comigo? Alguém que esteja ao meu lado e que consiga lidar comigo? (bjs, rabino) E lidar não no sentido pesado, mas de que já carrego comigo uma bagagem e tanto. Haverá alguém que entenda que eu me emociono com poesia, textos de Caio F. Abreu, versos de Bethânia e com filmes água com açúcar, mas que também tenho momentos de uma dureza sem tamanho?

Não faço ideia, mas como uma boa canceriana emocionada, não consigo deixar de querer tais coisas e quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você que eu nem conheço, venha para ficar e que eu consiga ser recíproca.




Ps.¹: os versos da música foram o gatilho par ao texto e uma referência a conversa com o citado ex, pois quando o amor acaba, ele vira outra coisa.
Ps²: o blog vive!

GIF: cena do filme Paterson (2016)

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