Desculpe, eu não sei disfarçar minhas tristezas com um sorriso colado no rosto. O máximo de disfarce que consigo é uma irritação perigosa, daquelas que ameaça quem se aproximar. Não, não sei sofrer pela metade. Preciso passar pelo sofrimento inteiro para poder ter a certeza de que talvez possa seguir em frente. Eu já nasci assim, tempestuosa e metida a independente. Mas nunca prometi que seria alegre e saltitante. Tenho uma melancolia implícita que me obriga a chorar litros cada vez que algo me entristece.
Não sei engolir o choro e a coleção de lágrimas no meu travesseiro é a prova concreta disso. Eu choro com beijos de novela e vídeos de casamento. Choro assistindo filmes dramáticos ou assistindo algum episódio de Grey's Anatomy. Chorei quando terminei o colégio e chorei novamente quando terminei a faculdade. Ser adulta me incomoda. A vida é doída. Deixem-me viver os meus prantos em paz.
Eu nunca tive talento para algemar a tristeza. Deixo ela transbordar inteira nas folhas de papel e me curo dos tapas da vida assim, transbordando. Reprimir o choro me torna apática. E enquanto vocês enchem a cara de álcool para esquecer os problemas, eu exagero e me jogo de vez no sofrimento.
Não preciso e nem quero ajuda. Meus excessos me satisfazem e gosto quando o sofrimento me toma por inteiro e consigo esvaziar-me dele até a última gota. Gotas de água salgada, mas que espantam qualquer assombração. O sofrimento me constrói, faz de mim o que sou. E se não faço questão de algemá-lo, é porque quero ter a oportunidade de colocá-lo para fora sempre que puder. Não vou engolir o choro, vou jogá-la fora através de meus olhos.
Não sei engolir o choro e a coleção de lágrimas no meu travesseiro é a prova concreta disso. Eu choro com beijos de novela e vídeos de casamento. Choro assistindo filmes dramáticos ou assistindo algum episódio de Grey's Anatomy. Chorei quando terminei o colégio e chorei novamente quando terminei a faculdade. Ser adulta me incomoda. A vida é doída. Deixem-me viver os meus prantos em paz.
Eu nunca tive talento para algemar a tristeza. Deixo ela transbordar inteira nas folhas de papel e me curo dos tapas da vida assim, transbordando. Reprimir o choro me torna apática. E enquanto vocês enchem a cara de álcool para esquecer os problemas, eu exagero e me jogo de vez no sofrimento.
Não preciso e nem quero ajuda. Meus excessos me satisfazem e gosto quando o sofrimento me toma por inteiro e consigo esvaziar-me dele até a última gota. Gotas de água salgada, mas que espantam qualquer assombração. O sofrimento me constrói, faz de mim o que sou. E se não faço questão de algemá-lo, é porque quero ter a oportunidade de colocá-lo para fora sempre que puder. Não vou engolir o choro, vou jogá-la fora através de meus olhos.
Pauta de segunda lá do grupo de Blogueiros e completamente inspirado nesse texto aqui.
Imagem: New Girl Things (porque essa cena é épica)
Vi tanto de mim por aí que quis copiar o texto inteiro.
ResponderExcluirPerfeito, Lu.
Beijo
Lu, eu já chorei tanto, tanto e por tantas coisas, que continuam se repetindo mesmo depois de 12 anos, por exemplo... que as vezes eu perco a força sabe, eu deito e durmo sem que caia uma lágrima sequer porque já doeu antes, ou talvez nunca tenha parado de doer...e talvez nunca pare... e eu me sinto pressa, algemada a essa tristeza pq ela é jogada na mh cara quase todos os dias, não tem como ser diferente, esquecer, tá ali, sempre ... A gente se acostuma a tudo, até a ser machucado por quem a gente mais ama, porque sabe que não é de proposito o que faz doer ainda mais.
ResponderExcluirUm desabafo, eu deveria me conter!
bjo
Depois de tanto sofrer vamos criando pequenas potinho de força, que sempre que precisamos sabemos que estão la na hora H.
ResponderExcluirSofrer é se conhecer.
Te amo amoR!
Adorei o texto. A vida é doída mesmo.
ResponderExcluirQue venham muitos sorrisos pra vc depois das lágrimas :)
beijos
Perfeito, Lu. :*
ResponderExcluirAcho que te entendo um pouco, Lu. E concordo, a gente vai se acostumando com as coisas ao passar do tempo... é tanto machucado.
ResponderExcluirBeijo!!
Verdade, amor. Dizem que é do sofrimento que surgem os maiores aprendizados. Vai que e verdade.
ResponderExcluirTe amo! ♥
Aahhh, obrigada! =)
ResponderExcluirObrigada Simone!
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