Hoje acordei insana. A tristeza me consumia e assim como eu, o dia também estava cinza. Permaneci mais tempo na cama e o sono logo bateu sobre mim. Por alguns instantes me senti leve, perdida no mundo dos sonhos e longe do turbilhão agitado do dia fora da minha mente.
Rodei a casa. Cômodo a cômodo em busca de algo que nem eu sabia do que se tratava. Um objeto? Um alguém? Falta de algo que não sabia identificar. Talvez algo que eu nunca tenha experimentado. A falta me deixava inquieta e não havia nada que eu pudesse fazer para tirar isso de mim.
Ouvi poemas, li músicas, conversei com imagens e ainda sim a falta desconhecida permanecia. Cantei, chorei, falei e gritei. Tudo que estava guardado foi exposto, aliviei meu ser e pensei em não morrer por ninguém. Tomei doses moderadas de uma alegria colorida. A chuva se formava do lado de fora e o céu enegrecia enquando o meu ficava cada vez mais azul.
Finalmente, depois de quase um dia inteiro, a chuva deu o ar de sua graça. Caiu grossa e oblíqua sobre o chão de concreto cinza quente. Meus olhos brilharam. Encheram-se de uma molecagem infantil que queria aprontar algo nunca antes feito. Corri, abri portas e janelas. A chuva me chamava. 'Vem, vem!' - diziam suas gotas fortes.
Eu fui, corri para a rua, tomei banho de chuva. Ensopei-me toda de alegria. Um sorriso largo de criança exibia-se em meus lábios como há muito tempo não acontecia. Os pensamentos voaram longe. Meio sonho relizado. Sons, cores, frio. A falta revelou o que desejava. Desejava um vôo. Um quê inesperado de vida em plena tarde de quinta-feira cinza.
Molhei-me toda. Embriaguei-me de chuva e nela havia um pouco de você que nem sei quem é.
Rodei a casa. Cômodo a cômodo em busca de algo que nem eu sabia do que se tratava. Um objeto? Um alguém? Falta de algo que não sabia identificar. Talvez algo que eu nunca tenha experimentado. A falta me deixava inquieta e não havia nada que eu pudesse fazer para tirar isso de mim.
Ouvi poemas, li músicas, conversei com imagens e ainda sim a falta desconhecida permanecia. Cantei, chorei, falei e gritei. Tudo que estava guardado foi exposto, aliviei meu ser e pensei em não morrer por ninguém. Tomei doses moderadas de uma alegria colorida. A chuva se formava do lado de fora e o céu enegrecia enquando o meu ficava cada vez mais azul.
Finalmente, depois de quase um dia inteiro, a chuva deu o ar de sua graça. Caiu grossa e oblíqua sobre o chão de concreto cinza quente. Meus olhos brilharam. Encheram-se de uma molecagem infantil que queria aprontar algo nunca antes feito. Corri, abri portas e janelas. A chuva me chamava. 'Vem, vem!' - diziam suas gotas fortes.
Eu fui, corri para a rua, tomei banho de chuva. Ensopei-me toda de alegria. Um sorriso largo de criança exibia-se em meus lábios como há muito tempo não acontecia. Os pensamentos voaram longe. Meio sonho relizado. Sons, cores, frio. A falta revelou o que desejava. Desejava um vôo. Um quê inesperado de vida em plena tarde de quinta-feira cinza.
Molhei-me toda. Embriaguei-me de chuva e nela havia um pouco de você que nem sei quem é.
- Luciana Brito -
Lucy,
ResponderExcluirsua sensibilidade tem se mostrado cada mais mais aguçada em suas linhas. E poesia que a gente faz é poesia que a gente carrega desde sempre. Quando as palavras trazem da gente, fica tudo mais sincero, mais bonito de ler.
Do que eu gostei hoje? Disto aqui: "A chuva se formava do lado de fora e o céu enegrecia enquando o meu ficava cada vez mais azul."
O que não faz um pincel, não é? Muda-se as cores como quem muda de roupa.
Um beijo!
"Embriaguei-me de chuva e nela havia um pouco de você que nem sei quem é."
ResponderExcluirIsso me lembrou o "Nunca te vi sempre te amei"...
bjos e ótima semana, mocinha da chuva!
alguem q não sabe qm é mas q te faz tão bem..
ResponderExcluirisso é bom
q texto massa... bjos
Nada melhor que um banho de chuva pra "limpar" a alma e a mente, sentir as gotas da chuva como se estivessem entrando dentro de nós.....bjokssss
ResponderExcluirHoje tu tembem tomei banho de chuva...
ResponderExcluirE a unica coisa que consegui foi um belo resfriado...
queria eu conseguir a mesma chuva que você !
texto lindo Lu, sabe que eu amei ele
ResponderExcluirbeijos
Chuva me inspira.
ResponderExcluirLava o corpo, a alma e o coração.
Beijo
Não é que você nao conheça esse alguém, as vezes só deixou ele de lado por uns tempos e ele caiu no esquecimento..
ResponderExcluirBaci!
tomaaar um banho de chuvaaa! [=
ResponderExcluir.
penso em banho de chuva, junto com um amor eterno! [suspiro]
Lu,
ResponderExcluirTexto maravilhoso!!!!
Lembrei dos meus banhos de chuva ensandecidos.
Aiai
Beijão
"Molhei-me toda. Embriaguei-me de chuva e nela havia um pouco de você que nem sei quem é."
ResponderExcluir- Aqui deveria começar um outro texto...um poema do amor em cada gota.
eu procurei, e achei. foi a resposta mais maravilhosa que poderia encontrar para o meu momento de incertezas eexatamente covendo neste momento.. A M E I ... obrugaduuuuuuuu Lu metida a escritora e psicólogas
ResponderExcluirde Lairson I. Lottermann 16 de fevereiro 2010