
(Conheceram-se por acaso, na Irlanda. Separaram-se por um acaso, a morte... eis o tom de comparação)
- De quantos acasos precisa o encontro do amor entre duas pessoas?
Vidas que se cruzam pela força do destino, unem-se e seguem um rumo em comum.
- E se tudo acabar um dia?
Duas faces de um amor que alimenta e fere, se vai da mesma maneira que chegou...
Vários acasos. Um único dia único. Um bar repleto de conhecidos e apenas um estranho sentado estrategicamente (será?) no canto. Um olhar feminino que reconhece de primeira que não se tratava de apenas mais um bêbado em potencial. A aproximação, ela sentia seu coração pulsando rapidamente e nem sabia explicar o motivo, afinal de contas, era só um estranho.
O livro aberto na mesa. Um passaporte silencioso para o mundo dela. Mais um acaso. Meias palavras trocadas, uma bebida solitária, a conta e fim.
Fim de expediente. Ela pensava que nunca mais o veria, sentia todos os acasos transmitindo-lhe que aquele não havia sido um 'encontro' comum. Mas ela nada poderia fazer, ele foi embora. Talvez aparecesse no dia seguinte, talvez não. Sempre existe um talvez para incomodar e manter acesa a esperança de que algo aconteça... Isso a torturava e mantia uma parte de sua felicidade.
Saiu, fechou a porta e virou-se. Mais um acaso (ou nem tanto). Ele estava sentado. A praça, o mesmo banco em que ela ficava quando queria sonhar e olhar a cidade ao seu redor.
Olharam-se, conversaram silenciosamente à distância e finalmente foram de encontro um ao outro. Marcello era o nome do estranho agora conhecido. Lindo nome, ela pensara. 'Mar'- 'Cello': mar e céu no mesmo nome.... havia de ser especial.
Conversaram por um bom tempo, rodaram a cidade e cada ponto conhecido teve seu tom de 'primeira vez'. Agora, tudo tinha um novo ângulo de visão. Converasaram e horas mais tarde estavam seguindo seus caminhos: ela rumo à sua casa e ele rumo ao seu hotel.
Mais alguns acasos. Além de (ex)estranho, Marcello agora era um visitante. Havia voltado para sua terra e mais uma vez o 'talvez' e o 'será' permeava a vida de ambos.
O destino e seus acasos haviam os colocado juntos uma vez. Será que faria isso novamente?
Um olhar perdido. Mil pensamentos bombardeando uma mente e um coração apaixonado. Desta vez era Marcello que sentia o coração batendo a mil dentro de seu peito. Queria vê-la novamente. Mas os acasos acontecem duas vezes? Pensava em ligar, pedir para que ela viesse para sua cidade. Nunca lhe passara pela cabeça sentir um amor como esse e tão rapidamente.
Ele havia deixado um cartão com ela. Seu endereço. Uma aparição resolveria tudo.
Noite. Céu estrelado. Detalhadamente pintado com a luz da lua. Batidas e de repente surpresa. Júlia está na porta e Marcello, ao vê-la, perde toda a noção. Entram em uma harmonia musical. Completam-se sem mesmo se tocarem. Ela entra. Entrou duplamente. No apartamento e na vida de Marcello. Juntos. Frutos dos acasos e do destino, uniram-se.
Mal entrara, ele tomou-a em seus braços. Tornaram-se um do outro. Fizeram amor. Agora, haviam entrado no mundo em que qualquer acaso poderia destruí-los da mesma forma que os uniu. Amaram-se noite adentro. Dias e meses afora.
Os acasos se repetem? O destino atua duas vezes para o mesmo fim?
União conturbada. Ciúmes. Amantes. Fraqueza de um lado, sofrimento de ambos. Uma carta da 'amiga': 'Fazer amor como se estivessemos no palco de um teatro'. Confiança perdida. Sonhos quebrados. A fragilidade de ambos mostrava-se mais acentuada do que nunca. Ela, que sempre foi a frágil da relação, a que era abraçada quando tinha medo, agora era companheira de alguém tão frágil quanto ela.
Reconheceram-se iguais. Agora, estavam prontos para viver realmente a união.
O destino pregou-lhes uma peça. Porém... as peças do destino nem sempre destróem o jogo completamente, podem apenas reformular suas regras.
Vidas que se cruzam pela força do destino, unem-se e seguem um rumo em comum.
- E se tudo acabar um dia?
Duas faces de um amor que alimenta e fere, se vai da mesma maneira que chegou...
Vários acasos. Um único dia único. Um bar repleto de conhecidos e apenas um estranho sentado estrategicamente (será?) no canto. Um olhar feminino que reconhece de primeira que não se tratava de apenas mais um bêbado em potencial. A aproximação, ela sentia seu coração pulsando rapidamente e nem sabia explicar o motivo, afinal de contas, era só um estranho.
O livro aberto na mesa. Um passaporte silencioso para o mundo dela. Mais um acaso. Meias palavras trocadas, uma bebida solitária, a conta e fim.
Fim de expediente. Ela pensava que nunca mais o veria, sentia todos os acasos transmitindo-lhe que aquele não havia sido um 'encontro' comum. Mas ela nada poderia fazer, ele foi embora. Talvez aparecesse no dia seguinte, talvez não. Sempre existe um talvez para incomodar e manter acesa a esperança de que algo aconteça... Isso a torturava e mantia uma parte de sua felicidade.
Saiu, fechou a porta e virou-se. Mais um acaso (ou nem tanto). Ele estava sentado. A praça, o mesmo banco em que ela ficava quando queria sonhar e olhar a cidade ao seu redor.
Olharam-se, conversaram silenciosamente à distância e finalmente foram de encontro um ao outro. Marcello era o nome do estranho agora conhecido. Lindo nome, ela pensara. 'Mar'- 'Cello': mar e céu no mesmo nome.... havia de ser especial.
Conversaram por um bom tempo, rodaram a cidade e cada ponto conhecido teve seu tom de 'primeira vez'. Agora, tudo tinha um novo ângulo de visão. Converasaram e horas mais tarde estavam seguindo seus caminhos: ela rumo à sua casa e ele rumo ao seu hotel.
Mais alguns acasos. Além de (ex)estranho, Marcello agora era um visitante. Havia voltado para sua terra e mais uma vez o 'talvez' e o 'será' permeava a vida de ambos.
O destino e seus acasos haviam os colocado juntos uma vez. Será que faria isso novamente?
Um olhar perdido. Mil pensamentos bombardeando uma mente e um coração apaixonado. Desta vez era Marcello que sentia o coração batendo a mil dentro de seu peito. Queria vê-la novamente. Mas os acasos acontecem duas vezes? Pensava em ligar, pedir para que ela viesse para sua cidade. Nunca lhe passara pela cabeça sentir um amor como esse e tão rapidamente.
Ele havia deixado um cartão com ela. Seu endereço. Uma aparição resolveria tudo.
Noite. Céu estrelado. Detalhadamente pintado com a luz da lua. Batidas e de repente surpresa. Júlia está na porta e Marcello, ao vê-la, perde toda a noção. Entram em uma harmonia musical. Completam-se sem mesmo se tocarem. Ela entra. Entrou duplamente. No apartamento e na vida de Marcello. Juntos. Frutos dos acasos e do destino, uniram-se.
Mal entrara, ele tomou-a em seus braços. Tornaram-se um do outro. Fizeram amor. Agora, haviam entrado no mundo em que qualquer acaso poderia destruí-los da mesma forma que os uniu. Amaram-se noite adentro. Dias e meses afora.
Os acasos se repetem? O destino atua duas vezes para o mesmo fim?
União conturbada. Ciúmes. Amantes. Fraqueza de um lado, sofrimento de ambos. Uma carta da 'amiga': 'Fazer amor como se estivessemos no palco de um teatro'. Confiança perdida. Sonhos quebrados. A fragilidade de ambos mostrava-se mais acentuada do que nunca. Ela, que sempre foi a frágil da relação, a que era abraçada quando tinha medo, agora era companheira de alguém tão frágil quanto ela.
Reconheceram-se iguais. Agora, estavam prontos para viver realmente a união.
O destino pregou-lhes uma peça. Porém... as peças do destino nem sempre destróem o jogo completamente, podem apenas reformular suas regras.
- Luciana Brito -
Já tive o prazer de assitir o filme...
ResponderExcluirConfesso...chorei.
. e o pior eh que todo teste que tem eu faço! eh... ainda bem que passa (=
ResponderExcluirsobre o filme: [suspiros]
Sobre o filme: não gostei.
ResponderExcluirSobre o texto: sombrio, ao fim, e lindo em sua inteireza.
Fiquei pensando que a ainda assim, é igual ao que o poetinha diz:
"A vida é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida..."
Acredito nisso de maneira a enxergar o vermelho.
Amor.
Enquanto frágeis, ele permanece, desde que desmontem-se um no outro.
Besos, flor.
Gostei muito do filme Lu.. :)
ResponderExcluirMas esse seu texto ta bom demais.. ;)
Pra quem não viu, deu pra sentir
um pouco de sentimento.
Adoro você.
Beijos.