
“Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.”
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.”
Estava sentada na varanda de seu apartamento. Décimo segundo andar. O vento frio da noite tocava-lhe o rosto como uma pluma. Ela estava calma e era toda pensamentos e sentimentos. Um pequeno emaranhado confuso, porém lúcido, era como ela se sentia. Talvez estivesse enlouquecendo silenciosamente. Talvez estivesse somente em um momento mais complicado. Talvez, talvez...
Sua vida corpórea e poética resumia-se, no momento, aos versos do poema. Sentia-se a Ismália da atualidade. Ah, que pretensão!
O prédio era sua torre. Do alto dela, via a pequenez de tudo que estava abaixo dela. Vidas pequenas e incansáveis. Porém, ela estava cansada da sua. Um cansaço morno. Um momento feito em banho-maria, lentamente, até que chegou ao dia de hoje.
Ela queria, queria muito. De tanto querer, só os sonhos lhe alimentavam. Ela queria a lua do céu e queria a lua do mar. Mas como tê-las, se uma é reflexo da outra? Precisava sentir-se única.
Sua vida corpórea e poética resumia-se, no momento, aos versos do poema. Sentia-se a Ismália da atualidade. Ah, que pretensão!
O prédio era sua torre. Do alto dela, via a pequenez de tudo que estava abaixo dela. Vidas pequenas e incansáveis. Porém, ela estava cansada da sua. Um cansaço morno. Um momento feito em banho-maria, lentamente, até que chegou ao dia de hoje.
Ela queria, queria muito. De tanto querer, só os sonhos lhe alimentavam. Ela queria a lua do céu e queria a lua do mar. Mas como tê-las, se uma é reflexo da outra? Precisava sentir-se única.
“No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…”
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…”
Perdeu-se no sonho de um dia ser alguém. Perdeu-se no sonho do amor, da vida, da amizade. Ela queria, mas sentia-se estranha. Era mais do que isso, era incompreendida. Nas suas cores, gestos, toques e retoques, ela era toda sentimento.
Agora, parada na varanda de sua torre, ela sentia-se parte do universo. Do universo de si mesma. Ela queria ser livre. Ter a liberdade azul de quem é um pouco dona de si mesma. Liberdade para amar como mereciam seus amados e ser amada como ela merecia.
- “O amor é o chão da liberdade”. (Ela libera com voz suave como veludo, uma frase que lhe vem em mente)
Queria ser livre para amar em toda a sua intensidade. A represa de seu amor estava prestes a transbordar e ela nada poderia fazer. Neste momento, seu amado dorme no quarto próximo da varanda. Estavam juntos há poucos instantes. Foi quando começou a lembrar-se do poema e foi para a varanda.
Os olhos dele lhe vinham em mente. Olhos cor de mel, suaves como uma pintura e ao mesmo tempo tão expressivos. Ela sentia o amor rebentar-lhe as fibras do coração. Amar era doloroso e prazeroso ao mesmo tempo. Para ela, isso era a perfeição.
Agora, parada na varanda de sua torre, ela sentia-se parte do universo. Do universo de si mesma. Ela queria ser livre. Ter a liberdade azul de quem é um pouco dona de si mesma. Liberdade para amar como mereciam seus amados e ser amada como ela merecia.
- “O amor é o chão da liberdade”. (Ela libera com voz suave como veludo, uma frase que lhe vem em mente)
Queria ser livre para amar em toda a sua intensidade. A represa de seu amor estava prestes a transbordar e ela nada poderia fazer. Neste momento, seu amado dorme no quarto próximo da varanda. Estavam juntos há poucos instantes. Foi quando começou a lembrar-se do poema e foi para a varanda.
Os olhos dele lhe vinham em mente. Olhos cor de mel, suaves como uma pintura e ao mesmo tempo tão expressivos. Ela sentia o amor rebentar-lhe as fibras do coração. Amar era doloroso e prazeroso ao mesmo tempo. Para ela, isso era a perfeição.
“E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…”
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…”
Debruçou-se sobre o parapeito da varanda. A altura lhe fascinava. Ela sabia quer não era um anjo, apesar de sentir-se como um. Ela não era perfeita, jamais seria. A terra, o concreto lhe chamava. Estava prestes a perder a própria vida sem perceber. Iria voar. Ser livre por alguns segundos, até chegar ao chão e sentir o impacto do que era estar viva e de repente morrer. Debruçou-se mais. Foi quando uma voz de tom grave e tocante como música, chegou aos seus ouvidos.
- Amor, senti falta da sua presença ao meu lado. Volta pra mim.
Desceu. Olhou os olhos de mel do seu amado e voltou para si mesma. Voltou para ele.
- Amor, senti falta da sua presença ao meu lado. Volta pra mim.
Desceu. Olhou os olhos de mel do seu amado e voltou para si mesma. Voltou para ele.
- Luciana Brito -
Muito... Muito... muito boa associação do poema simboslista com suas palavras..!!
ResponderExcluirbjoo.. =**
já havia lhe dito que o texto + o poema tinham ficado perfeitos, eu gostei muito, muito bem editado, ambos se complementam, parabens mais uma vez
ResponderExcluirbeijão Lu
Muito bacana o mix de texto com poesia, se encaixaram mto bem, parabéns!
ResponderExcluirbjs!
Renata
"A amizade é um amor que nunca morre!"
ResponderExcluirAutor: (Maykon Rodrigues)
Fonte:
http://www.frasesnaweb.com.br/amizade/
ficou bonita a sincronia com o poema de Alphonsus, que por sinal adoro esse poema, descobri-lo alguns anos atras em uma aula de literatura...
ResponderExcluirBonito o jeito como você usa as palavras, e como fez essa sincronia.
Cheiro.
nossa, adorei de verdade!
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