Créditos: weheartit |
Houve um tempo em que acreditei no que diziam as canções de amor. Parecia possível encontrar um grande amor e viver feliz e razoavelmente tranquila em um canto qualquer do país. Eu era embalada pelos contos do Caio F. Abreu, queria um amor de metrópole, tomar café correndo enquanto nos arrumaríamos, trocar algumas palavras durante o dia, voltar para casa e dormir agarrados enquanto algum filme passaria na TV. No plano das ideias, esse seria o meu romance "ideal". Só que a vida, querido, atropela a gente com um rolo compressor. Ela fode tudo e a gente trata de foder o resto. E eu, ingênua que sempre fui, desconsiderei os caminhos tortos, os desencontros. Tola, fui engolida pela metrópole. Pulo de emprego em emprego e tenho dívidas que se multiplicam. Como pode existir romance nesse cenário? Impossível, querido. Enquanto meus sonhos agonizam na UTI, afogo as mágoas em copos de álcool e atravesso os dias sem expectativas. Não me dê amor. Não sei o que fazer com ele e sei que em algum momento tudo isso vai acabar. Tenho poucas habilidades nesse assunto, meu bem. É melhor que você vá embora antes que o estrago seja maior. Aliás, deixe que eu mesma vou. Foi nossa última noite, nosso último vinho.
Se cuide.
Se cuide.
Aaaaaaaaaaaain... Deu um apertinho, sabe? =/
ResponderExcluirQue haja brisa leve nesse caminho pra soprar bons ventos.
Beijo em tu :*
Sabe quando se lê algo e é justamente o que vc está sentindo? foi o que aconteceu comigo agora. Obrigada por me fazer sentir que não estou sozinha.
ResponderExcluirPerfeito... me sinto exatamente assim
ResponderExcluirO texto que melhor retrata nossa geração blogueira que está quase nos 30 e tem blog há quase uma década. tô nostálgica.
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