"Guardo para te dar
As cartas que eu não mando
Conto por contar
E deixo em algum canto"
('As Cartas Que Eu Não Mando' - Leoni)
J.,
Já faz bastante tempo que não te dedico nenhuma palavra e que nem temos contato. Quase um ano já e eu penso em como o tempo passa rápido para certas coisas. As estações passaram, as folhas caíram e outras nasceram e, pelo lado de cá, a vida mudou bastante.
Uma coisa, infelizmente, não mudou ainda e essa tem relação direta com você, que teima em invadir meus sonhos que deveriam ser os mais lindos devaneios de amor (e não, você não deveria ser a figura central deles). Me dá raiva, sabia? Raiva por pensar em você depois de tudo que aconteceu. Raiva por saber que você tem o dom de estragar alguns minutos do meu dia só por que pensei minimamente em você.
Fico imaginando como você deve estar hoje. Será que toda a tempestade te serviu de algo? Sei que, para mim, serviu muito, tanto que, hoje, faço questão de não repetir os mesmos erros, de não ser a babaca que fui e nem a tola romântica e cega que também sei que fui. É difícil admitir os próprios erros, mas, desde aquele janeiro, reconheci bem os meus e os seus. Será que você os enxergou?
Não quero pensar em você. Prefiro, sinceramente, guardar nossas lembranças e fim. Sabe como é isso? Aquele tipo de coisa que a gente sabe que aconteceu, não se arrepende, mas também não fica remoendo eternity. É isso. Vou continuar com raiva do meu inconsciente, maldizendo-o e só espero que você esteja bem. De verdade, espero mesmo que você tenha evoluído e que, acima de tudo, esteja vivo.
Vou seguir minha vida, ser feliz com o meu amor e te enterro da minha vida, de uma vez por todas, hoje.
Já faz bastante tempo que não te dedico nenhuma palavra e que nem temos contato. Quase um ano já e eu penso em como o tempo passa rápido para certas coisas. As estações passaram, as folhas caíram e outras nasceram e, pelo lado de cá, a vida mudou bastante.
Uma coisa, infelizmente, não mudou ainda e essa tem relação direta com você, que teima em invadir meus sonhos que deveriam ser os mais lindos devaneios de amor (e não, você não deveria ser a figura central deles). Me dá raiva, sabia? Raiva por pensar em você depois de tudo que aconteceu. Raiva por saber que você tem o dom de estragar alguns minutos do meu dia só por que pensei minimamente em você.
Fico imaginando como você deve estar hoje. Será que toda a tempestade te serviu de algo? Sei que, para mim, serviu muito, tanto que, hoje, faço questão de não repetir os mesmos erros, de não ser a babaca que fui e nem a tola romântica e cega que também sei que fui. É difícil admitir os próprios erros, mas, desde aquele janeiro, reconheci bem os meus e os seus. Será que você os enxergou?
Não quero pensar em você. Prefiro, sinceramente, guardar nossas lembranças e fim. Sabe como é isso? Aquele tipo de coisa que a gente sabe que aconteceu, não se arrepende, mas também não fica remoendo eternity. É isso. Vou continuar com raiva do meu inconsciente, maldizendo-o e só espero que você esteja bem. De verdade, espero mesmo que você tenha evoluído e que, acima de tudo, esteja vivo.
Vou seguir minha vida, ser feliz com o meu amor e te enterro da minha vida, de uma vez por todas, hoje.
Grata pela atenção,
L.
Outras cartas não enviadas em Postagem Coletiva.L.
Imagem: 'steamy letter', por ~h23b
Cartas escritas, não mandadas e muitas coisas aprendidas.
ResponderExcluirAgora ser feliz com minha floR, essa assim que a chamo de meu AmoR!
Te Amo!
Minha Pequena FloR!
As cartas não enviadas são um desabafo e tanto..acho que depois delas muita coisa se esclarece, apesar de não recebermos respostas :)
ResponderExcluirbeijos
Tanta coisa se esconde em cartas que não foram enviadas. São desafabos da alma...
ResponderExcluirHum, enterrar um grande amor a gente enterra, mas a gente vive desenterrando para fazer biopsia!
ResponderExcluirLindo blog...
Bjs
Realmente, essas cartas não enviadas, são uma forma de tirar de nosso inconsciente coisa que não temos coragem de dizer em voz alta. Coisa que nos fazem mal, enchem nossa mente sem uma razão ao certo. E como a Luiza falou, 'São desabafos da alma'.
ResponderExcluirLu,
ResponderExcluirÉ o que eu venho passando esses dias, dá uma raiva pensar em alguns momentos que ficaram no passado, sabe. Eles sabem que devem permanecer lá, mas vem fazer inferninho vezenquando no presente.
OLá!!!
ResponderExcluirEnterrar um passado que parece vivo, é como cutucar as feridas da alma, dói fundo...
Mas passa!!!
um beijo, lindo texto!
O ruim de uma cicatriz é que ela sempre está ali e volta e meio nos voltamos para ela e lembramos como a ferida ali existente antes doeu.
ResponderExcluirmas também há a possibilidade de ela ir sumindo, ou então depois de um tempo ela nem parecer que está mais ali.
ResponderExcluirAlgumas cicatrizes não são ruins. Porque elas nos ensinam.
ResponderExcluirOu nos lembram dos aprendizados.
Por mais que tenha tido dor. Uma boa lembrança sempre vai ficar. É o mais importante.
Beijos Lu.
Essas cartas deviam ser enviadas e entregues ao destino para saber o que o senhor do tempo lhe reserva. Se há medos, ainda bem, pois são esses que acabam revelando a verdadeira força das pessoas.
ResponderExcluirOi Lu, belas palavras. Como é que a gente faz pra esquecer assim em?
ResponderExcluirMas renovar é fundamental. Acho que se eu fizesse como você, e escrevesse cartas que nunca chegariam ao seu destino, seria mais forte do que sou hoje. Quem sabe ainda é tempo...
Bju!
Eu não acho que o passado deva ser enterrado. Também, me ocorre agora, depende. A verdade é que nunca conseguimos enterrar. Nunca tentei, sabe? Eu gosto de passear em cima do que já foi, visitando lembranças, nessas tardes nubladas. Não alimento rancores, prefiro pintar tudo com carinhos. Talvez seja uma maneira de me enganar e não deixar doer.
ResponderExcluirQuanto às minhas cartas, envio-as todas. Me arrependo imenso, tem vezes. Mas melhor que deixar guardado. Bem melhor.
Ame o teu amor, Lu. E enterre as sobras, se assim achar melhor.
Um beijo.
Sei exatamente o que diz ...Tbm sinto tanta raiva de ter sido tão burra ,romântica e idiota que as vezez sinto vergonha de mim mesma ...Mas sabe de uma coisa ,eu prefiro as lembranças do que fiz do que a imaginação do que poderia ter sido se eu o fizesse,
ResponderExcluirentende? Tbm me interrogo se ele aprendeu alguma coisa ,se tudo aquilo foi de caso pensado ,se no fundo ele já não sabia que não daria certo ,acho que ele sempre soube que aquele era um jogo arriscado demais pra nós dois,mas ele o jogou muito bem, tão bem que me fez acreditar e confiar em cada palavra ...E o que eram os olhos dele, foi a 1º vez que soube que se mente com o olhar .E ainda assim ,foram os melhores dias de um tempo que insisti em ficar grudado na minha memória ...kbg