It's me!

34. Recifense morando em Caruaru.
Canceriana com ascendente em sagitário.
Psicóloga no RH. Viciada em café.

Luciana

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Sobre escolhas, frustrações e o seguir adiante


How To Disappear Completely (B by Radiohead on Grooveshark


Já faz bastante tempo que venho me questionando se as escolhas que fiz foram as mais sensatas. Não encontro respostas concretas, mas também não sinto aquele arrependimento mortal. Quem me conhece sabe que me formei em Psicologia no final do ano passado, mas não sabe o que eu tenho feito com essa formação. Eu ainda não atuo na área, mas faço pós-graduação em saúde mental, que foi a escolhida como a que mais tinha relação comigo. Isso porque para mim, Psicologia vai além da clínica convencional, aquela lá dos famosos consultórios. Por isso que sempre tive vontade de entrar nessa área, da saúde mental, para lidar com clientes que sofrem com transtornos mais graves, como esquizofrenia, psicoses e etc.

Daí que, mesmo sabendo que, apesar de ter começado o curso sem saber muito bem o que estava fazendo ali, me apaixonei pela Psicologia e me dediquei o máximo que pude. Sempre tirei notas ótimas, li muito e não era a toa que me consideravam uma nerd na sala de aula. Mas a questão é que hoje, formada e sem emprego, fico me perguntando se escolhi a profissão certa. Por que se tem uma coisa que você se pergunta ao concluir um curso e dar de cara com a realidade, é isso. Você percebe que as coisas não são fáceis, olha em volta e vê que quem conseguiu emprego foi por indicação de alguém ou porque já tinha dinheiro suficiente para começar com um consultório. Gente, esse não é o meu caso. E, como eu já disse, diante de tanta dificuldade eu me pergunto: escolhi a coisa certa? E juro que ainda não sei dizer.

Lendo o texto da Mel, no qual ela fala justamente da sua escolha pela Psicologia e de como isso mudou ao longo dos anos, eu me identifiquei horrores. Eu amo Psicologia, mas também descobri que amo Design. E agora? Descobri que me sinto feliz mantendo um blog, postando fotografias da minha vida, mexendo no photoshop e usando e abusando das redes sociais. E penso: como vou fazer quando encontrar um emprego? O que vou fazer com tudo isso? Porque como muita gente sabe, Psicólogo tem uma ética a seguir e seria muito estranho você procurar o nome de um profissional na internet e dar de cara com um blog dele. E pior, um blog dele e no qual ele fala sobre os seus sentimentos. Gente, juro que isso ainda não entra na minha cabeça.

Eu sei que o texto está confuso, tudo bem. Mas todo esse questionamento anterior se resume em um: precisamos descobrir o que gostamos e seguir em frente. Talvez seja isso. Eu gosto de Psicologia e também gosto de Design, será que não dá para aproveitar isso de alguma forma? Ainda busco essa resposta. Mas acho que o importante mesmo é a gente tentar, testar até achar as respostas. Se gostar, ótimo. Se não gostar, mude! Procure até encontrar e depois transforme isso em um projeto seu, para a sua vida.

A crise pode parecer sem fim, complexa demais e te encher de frustrações, mas resta saber se você está olhando as coisas pelo ângulo correto ou se não está deixando a vista escurecer diante de tanta nebulosidade. É como a Luciana D'Aluizio diz em um dos vídeos do seu vlog, o "Beijo, Me Clica", o importante é você juntar todo o seu potencial, o seu hobbie e transformar tudo isso em algo produtivo, algo que te faça sair do marasmo da frustração e te impulsione a seguir em frente. Eu, pelo menos, tenho tentado fazer isso. Vamos ver se dá certo.



Imagem: we♥it.

Comentários

  1. Nem tenho o que falar porque você sabe o quanto eu me identifico com seu post (tirando o fato de que não me formei ainda) e com o assunto do texto e do vlog linkado. Eu não sei o que te dizer, Lux... Mas torço muito para que nos encontremos e brilhemos tão forte quanto pudermos.

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  2. Tudo tem seu lado ruim.
    E, assim como eu deveria arriscar a moda, você deveria começar o Design (:

    #sejoguemos! hahaha

    ,* lulis

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  3. Antes de começar a trabalhar, eu tinha medo de ter perdido o tempo estudando algo que não iria render. As coisas melhoraram depois que consegui um emprego, mas vou ser sincera: mesmo gostando do que faço, tem dias que as cobranças começam a ficar insuportáveis e eu me pergunto se escolhi mesmo a profissão certa. Aí lembro que estou caminhando para os 30 anos, que não posso mais depender tanto dos meus pais, que emprego não está fácil de arranjar. Então respiro, as irritações se acalmam e volto a me entender com o trabalho.

    Quanto aos outros interesses que você tem, como design e fotografia, concordo que sejam coisas bem legais. Porém, nem todo mundo pode ter uma vida como aquela da blogueira. A gente precisa trabalhar, pagar contas, crescer, virar adulto e fazer coisas de adulto. Não dá para viver fotografando o quarto e alimentando rede social.

    Talvez eu pareça um pouco dura ou lembre as cobranças que os pais fazem quando a gente está desempregado. Realmente, eu peço desculpas se falei alguma grosseria e tal, mas depois que você começar a trabalhar e se encontrar na psicologia, pode ser que você entenda o que eu tentei explicar aqui. E não desanima, essas incertezas vão passar.

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  4. Estou nessa confusão de escolhas, acabando o ensino médio e as perguntas sobre o futuro começam a te atordoar. Espero que não se arrependa das suas escolhas. Beijos. shakespearementiu.blogspot.com

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  5. Bom, posso falar de mim. Aos 16 anos, no terceiro ano do ensino médio, eu tive que escolher o que eu queria fazer profissionalmente falando. O que eu queria fazer? Sei lá! Acho um absurdo alguém ter que decidir o que quer fazer pelo resto da sua vida aos 16.

    Eu queria viajar, conhecer o mundo, depois eu decidia o resto. Daí no dia de me inscrever no vestibular eu ainda não sabia o que queria e junto com uns amigos decidimos que iríamos fazer Ed. Física e montar uma academia no interior do estado. Rá! Eu passei e os meus amigos não. E meu pai, como um bom militar que é, disse que não se joga uma colocação em uma Universidade Federal (é, no meu tempo isso era muita coisa) no lixo, que eu ia ter que fazer o curso. Em fim... passei anos da minha vida estudando e trabalhando em algo que eu simplesmente odiava.

    Ano passado, eu decidi que eu tinha que resolver essa questão na minha vida. E aos 32 entrei na faculdade de Fisioterapia. Vou pro segundo semestre. Te digo uma coisa, estudar o que a gente gosta é bom pra caralho!

    Não sei se me arrependo de ter encontrado meu caminho tão tarde. Às vezes eu penso que podia não ter ficado tanto tempo inerte diante da minha situação profissional. Mas, sabe? Alguma coisa me diz que esse é o momento certo, que se fosse antes não seria tão bom.

    PS: ainda trabalho com Ed. Física, sou professora da rede pública estadual. Como sou funcionária pública tô dando um tempo maior até pedir exoneração. Mas é diferente ir trabalhar sabendo que agora isso não precisa mais ser pra sempre.

    PS 2: espero que encontre seu caminho... Cedo ou tarde ele chega, vai por mim.

    BeijoZzz

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  6. Ah Lulu! Já me bate esse questionamento antes mesmo de formada! "E agora, o que faço com tudo isso?"...
    Mas como nas conversas nossas , nos conselhos trocados... o negócio é fazer o que faz bem pro coração, por mais clichê que pareça!
    Se joga no Design! Você é muito boa no que faz!
    Junte seu potencial!
    E na hora certa, você saberá o que fazer com tudo isso..

    Um beijo Lulu.!

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  7. Também me pergunto muito isso. Tenho redes sociais, blogs, minha vida é um livro aberto pra quem quiser ler. Fiz Direito, tentarei pela enésima vez a OAB (mentira, rs! pela terceira!). Estudo, estudo, estudo e nada. Vejo todo mundo passando, e eu aqui emperrada. Pergunto-me o que tenho feito de errado, penso, penso, procuro e nada. Meu caminho é advogar ou passar em um concurso público. Mas queria mesmo era um mestrado, rs. Caminhos inúmeros, ambos difíceis e tortuosos. Mas quem disse que seria fácil?

    ps.: Apesar de ter feito Direito, pesquiso muito nessa área de saúde mental. Consegui juntar as duas ciências, rs. Acho muito interessante! =x

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  8. Ai lú... realmente é dificil né
    eu ainda estou estudando psicologia... e tenho esse medo, medo de nao conseguir atuar na profissão... =(

    No caso da Mel, ao meu ver, ela tem dinheiro, vive bem, então no caso dela é gostoso viver do blog, tirar fotos e tals... mas dou toda a razão para o comentário da Lara : precisamos trabalhar, pagar contas... mas se você se identifica com design entao procure emprego nessa área :)
    O importante eh ser feliz nao eh mesmo ?! =)

    beijos

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